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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Das coisas que não sei amar

Cada dia tenho mais certeza de que o ser humano não nasceu para amar.

Se a gente for ver, os assassinos são frios, fazem o que tem que fazer e ponto. Serviço terminado, próximo. Fácil.

Enquanto que nós, tão preocupados em amar, em proteger os filhos, a família, os amigos, somos uma sucessão de falhas. Reparem.

Você só quer um momento de paz para ficar com a pessoa que você ama sem ninguém mais por perto e, quando se dá conta, virou um ciumento, possessivo, desgraçado, destruidor de amizades. Oh so sad!

E como você ousou pensar que em algum momento aquela amizade tão pura e inocente, de tantos anos, poderia denotar algo mais?

O amigo vai te chamar de, no mínimo, filho da puta. A namorada (ou o namorado) vai ficar de saco cheio, vai se colocar no lugar dos amigos (e aqui faço um parênteses: ele não vai se colocar no seu lugar, nunca), jurar pra si mesmo que não tem nada a ver antes de vocês brigarem porque, talvez, realmente não tenha nada a ver.

Em outro caso, você pode ser o amigo/a.

O que tem de errado sentir falta do outro? Das tardes juntos, as brincadeiras, os doces, os beijos e carinhos mais íntimos que vez ou outra aconteciam? É pedir muito querer estar perto de uma pessoa que foi tão importante na sua vida?

Não sei.

E os pais? Sempre preocupados, proibindo quando deveriam deixar, deixando quando deveriam proibir. Mimando demais umas vezes, batendo demais em outras, mas quase sempre querendo só acertar.

E as pessoas ainda curtem banalizar o Eu Te Amo sem nem pensar nas consequências dessas três palavras. Que tragédia!

Li esses dias no twitter uma paródia de uma música do Caetano Veloso: "Quando a gente ama é claro que a gente surta."

E surtamos mesmo.

A mente cria um monte de histórinhas, vem a dor de cabeça, a desconfiança, a preocupação de que você está fazendo demais ou de menos.

Desculpe, acho que generalizei novamente. Talvez possa haver amor perfeito ou eu seja imperfeita demais até nas minhas imperfeições. Mas em alguma parte eu sei que isso tudo faz sentido.

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