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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Carta Aberta Para Agosto

Querido Agosto,

hoje senti a necessidade de agradecer o seu sempre amigo período de trinta e um dias. Este ano, como todos os outros dos quais tenho lembrança - e vamos fingir, pela nossa amizade, que não são apenas os três últimos de todos os que já vivi - você foi calmo, delicado, gentil. Trouxe algumas tristezas e bastante alegrias. Em 2011, inclusive, nem o frio pesou tanto como era comum.

A essa altura, imagino que você estava me preparando para as complicações de Setembro e Outubro, esses sim uns meses danados! Não que seja minha intenção desmerecê-los, muito pelo contrário, acredito que houve sempre coisas boas para cada um deles, apenas não me lembro no momento.

Caio Fernando Abreu uma vez escreveu Sugestões Para Atravessar Agosto, mas não acho que tenha sido ele o primeiro a te olhar com desconfiança. Devo até dizer que, em algum momento, você pecou. Não sei se pelo frio, não sei se pela posição da lua, mas acho que alguma coisa aconteceu, assim, sem que você percebesse, para atrair tamanha descrença. Não fique triste, muitas vezes erramos sem notar, só percebemos quando as pessoas passam a se afastar de nós, tornando os equívocos mais aparentes. E quem não erra, não é verdade?

Agosto que te quero bem, por mais que as pessoas façam piada, brinquem que você é ruim, traz confusão, leva amores, traz dores, quero... ou melhor, preciso... eu preciso que saiba: todo mês pode ser melhor, se a gente quiser. Você querendo daí, a gente querendo daqui e vai dar tudo certo. Quando tiver chuva, vai ter chá quentinho, abraço de amiga (ou namorado, quem sabe?), cobertores macios. E quando for calor, vai ter risada alta, piscina, coca-cola gelada. Os dias vão ser cheios e as noites agitadas, exceto quando a gente precisar de silêncio, aí é só dar um céu bonito para ser contemplado.

E pronto, o mês passou. Logo passa o ano, a vida toda, como filme.

Vou encerrando minha carta aqui, espero que tenha tempo para ler e tempo para refletir, que é a parte mais importante.

Amo você como amo Janeiro, Fevereiro, Março, Abril, Maio, Junho, Julho, Setembro, Outubro, Novembro, Dezembro e a vida. Ela toda, mesmo quando não tá tão bom assim.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Se fosse doença, eu chamaria de bipolaridade

Quero aprender a não querer dar colo, carinho, abraço, apoio. Quero cegar os olhos da alma, que enxergam tão fundo toda a insegurança. Preciso esquecer aquilo tudo tão bom e esquecer aquilo tudo tão mal e tudo o que é difícil de esquecer.

Vou dar tempo ao tempo e o tempo é você. Pra respirar, pra que te ame e me odeie, pra machucar, pra descobrir outros corpos e outros olhos, eu e você.

Vai ter riso, vai ter choro e vai ter fuga. É um milhão de músicas tocando ao mesmo tempo, formando um só som que a gente não sabe o que é. Pode ser que sim, pode ser que não. Vai tocando e a gente vai ouvindo até conseguir escutar de verdade.

Escrever não é opção, meu amor. Bem queria eu deixar o coração quietinho, seu pensamento bem distante do meu, criando histórias e decifrando códigos. Deixa eu aqui falando com paredes que é melhor. Um dia me ouve, um dia lê e ri de mim, assim, com sorriso bonito que tudo fica bem.

Enquanto isso fico alagando o quarto, escondendo bilhetes, criando mágoas e as desfazendo, sorrindo grande, chorando alto, tudo pro meu prazer. E o dia só fica bom lá pelas 9h30 que é quando percebo o tamanho do mundo e o tempo a esperar.

Olha pela janela que tá um lindo dia frio lá fora. Dia desses de abraçar forte, proteger o corpo da chuva, afastar a mágoa e vestir a camiseta preta cheia de bolinhas brancas de tecido só pra tirá-las uma a uma durante o dia. Distração.

Não seja injusto, meu amor. O calor se foi só para você sorrir e não pra me fazer chorar.

Tenha cuidado. Penso com carinho em você. Pense com carinho em mim.- CFA

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Uma pergunta surge

Certa vez imprimi e recortei, com demasiado carinho, alguns vales-banho, vales-conchinha e vales-massagem em formato de bilhete de cinema. Durante meses depositei no meio dos seus livros, em bolsos estratégicos da mochila e talvez tenha deixado algum embaixo do seu travesseiro. Esperei, em silêncio, algum questionamento, mas nem me dei ao trabalho de conferir se eles continuavam no mesmo lugar ou se você tinha os achado, simplesmente porque não teria graça.

Agora me pergunto: de quem você tem cobrado?

Da menina que você não fala mais mas ainda segue no twitter? Da super amiga que te liga todo dia pra saber como você está?

Dispenso a pipoca, o refrigerante e qualquer tentativa de resposta. Não vou assistir esse filme de terror estrelado por atores de filme B.





oh well oh well, guess I'll see you in hell

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Coisas que eu tenho odiado muito na última semana

  • Celular tocando;
  • Barulho de mensagem chegando no celular;
  • Mensagem no Facebook;
  • E-mails novos;
  • Meninos que não respeitam o recente fim do meu namoro;
  • Meninas que não respeitam o recente fim do nosso namoro;
  • Bandas;
  • Tudo o que treme, faz barulho, tira ou dá esperança.
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