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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Viajar é preciso

Já fazem dois meses desde que voltei de viagem e nunca escrevi sobre isso. Muitas pessoas cobram as histórias e eu acabei negligenciando por pura preguiça. Nunca acho que minhas vivências rendem histórias interessantes. Para mim, aconteceu, foi legal na hora, mas se eu contar perde toda a graça.

Bom, por que resolvi escrever sobre isso agora? Porque eu percebi que de uns tempos pra cá todo mundo resolveu ser viajante, explorador, espalhar pela internet como é bom e enriquecedor rodar pelo mundo. Só que tudo tem seu lado B. 

Realmente, viajar é muito bom. Antes de percorrer um longo caminho de 16 horas até Los Angeles, enfrentando sozinha um dos meus maiores medos (avião hehehe), devo confessar que eu subestimava essa experiência. Talvez porque sempre achei algo muito longe da minha realidade (principalmente devido ao medo), viajar nunca foi um sonho ou um objetivo na vida.

Isso mudou quando me vi desempregada e sem amor. Pode parecer trágico, mas é só a vida como ela é e eu quero ser sincera aqui, não dramática. Aquele trabalho não era o que me fazia feliz, porém me trouxe bons amigos, um salário legal e estabilidade durante um bom tempo. Ele também era melhor para o meu relacionamento do que um antigo sonho de ser Produtora Cultural. Por isso, não me arrependo do tempo que fiquei lá. 

Sobre o amor... ah, o amor! Manuel Bandeira explicou melhor do que eu:
A chama queima. O fumo embaça.
Tão triste que é! Mas... Tem que ser...
Amor?... - chama, e, depois, fumaça:
O fumo vem, a chama passa...
(Chama e Fumo)

E foi assim que resolvi partir, com o objetivo de estudar, fazer novas amizades, ser mais independente. As poucas pessoas para as quais contei o que faria, tinham a mesma opinião: "Você não vai querer voltar". Eu sempre soube que voltaria.

Nos quase quatro meses em que estive fora, longe da minha da família e dos amigos, aprendi muito. Não só sobre inglês, a cultura e o povo americano, mas, principalmente, sobre mim.

Aprendi que posso viver sem minha família, mas não quero. Porque quando você se vê sozinha em outro país, pensa logo na diversão de morar sem os pais, poder comer a hora que quiser, dormir a hora que o sono vier, estudar quando der vontade ou só cinco minutos antes da prova, sair sem dar satisfação. Tudo isso acontece e, sem dúvidas, é maravilhoso! Porém, quando surge a primeira gripe, o primeiro perrengue, você vê como faz falta alguém não para resolver seus problemas, mas para te dar um colinho onde você possa chorar depois que tudo passa. Às vezes, as pessoas com quem você mais se divertiu serão também as que mais te deixaram pra baixo.

Também há aquele momento no qual você percebe que está sozinho. Por mais que você more com quatro, cinco, seis pessoas e que elas sejam super prestativas na maior parte do tempo, uma hora você descobre que nem sempre as pessoas vão poder te ajudar. Não é por maldade, mas cada um tem suas prioridades. Às vezes você só vai precisar que alguém te olhe e te diga que vai ficar tudo bem, mas não vai ter isso. E sim, você só se da conta desse fato quando está longe de casa, simplesmente porque no dia a dia nossos pais ficam tapando o buraco de onde falta amizade.

Sinceramente, talvez eu pudesse ter aprendido algumas dessas lições aqui mesmo onde estou. E também acho um saco essa banalização da viagem como maior e melhor coisa que alguém pode fazer na vida. Viajar é muito bom sim, mas não é tudo. Acredito que as pessoas estão viajando mais para falar que viajaram do que pela experiência em si. Você não precisa ir ao exterior sempre que tira férias para ser uma pessoa melhor. Na verdade, viajar pode te transformar num monstrinho esnobe. Conheci vários assim.

Tem um mundo de coisas para se descobrir aqui mesmo em São Paulo. Seus pais podem estar precisando de carinho ou de uma ajuda no computador. Seu amigo deve estar triste já que você não vai ao aniversário dele só porque no lugar toca um estilo de música que não te agrada.

A gente pode experimentar aqui mesmo. A gente pode crescer aqui mesmo. Podemos ser pessoas melhores sem sair de casa. Mas, se você achar que a solução é mesmo viajar, não hesite. Viajar é preciso, mas ter os pés no chão também.

Obs.: O texto acabou ficando enorme e da viagem mesmo eu pouco falei. Prometo que o próximo post sobre esse assunto será leve como uma pluma hahaha

Getting high in San Francisco :P

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Quero ser Mulher Maravilha

É incrível como a gente sempre acha que sabe o que é melhor pros outros. Todos tem um conselho mágico, uma receitinha perfeita, um truque na manga que irá resolver os dilemas do próximo, não importa se é para o sobrinho de quatro anos aprendendo a andar de bicicleta ou para a avó de 84 tentando lidar com a velhice. A pessoa pode ainda nem ter notado a existência daquele problema e nós já estamos lá, prontos para apontar o melhor caminho. 

Involuntariamente, a gente acaba achando que pode ensinar as pessoas a viver. Porém, quando olhamos para nossas próprias vidas, percebemos que temos muito o que cuidar nelas, muito caos para colocar em ordem. Mas, mesmo assim, insistimos em querer saber o que é melhor não para nós, mas para quem conhecemos.

Talvez isso aconteça porque é muito mais fácil pensar em soluções racionais para os problemas dos outros do que para os nossos. É muito mais fácil olhar para fora do que para dentro. Às vezes, a gente até sabe como melhorar as coisas, mas tem medo de sofrer ainda mais e prefere ficar com o que já está acostumado.

A boa notícia é uma conclusão a qual cheguei há poucos minutos: nós só temos vontade de consertar a vida de quem a gente quer bem. Se não fizesse falta e se fosse indiferente, não haveria preocupação e perca de tempo tentando encontrar o melhor jeito de solucionar os dilemas alheios.

Então é isso, amigos. Perdoem-me se algum dia eu faltar com jeito, mas só quero reservar meu lugarzinho no céu ajudando vocês a arrumar a vida, enquanto deixo meus problemas para depois. Aceito conselhos!


Calma, amgs! Tô indo te salvar toda sensual de hot pants ;)

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

You are a cinema

Desde quando minha vida virou cena de cinema?

Talvez desde ontem, quando nossos olhares se cruzaram, meus passos apertaram e você correu até mim, me puxou pelo braço como se eu já não estivesse presa a você há muito tempo. Em segundos o chão se abriu, e no instante seguinte pude perceber que as paredes dos muros que tento construir já ruíam.

E então pudemos ouvir: “It’s not a silly little moment, it’s not the storm before the calm”. Não poderia haver melhor trilha sonora para cair no seu abraço me deixar levar pela nossa história por alguns minutos.

"My dear, we’re slow dancing in a burning room". E ninguém tem o direito de atrapalhar nossa dança. Nenhum olhar feio, nenhuma frase de deboche. Já somos bem grandinhos para escolher se queremos ou não brincar com fogo e aguentar as consequências das nossas escolhas. No final, nós sempre acabamos nos arriscando.

Nosso jazz vira blues, ficamos tristes, mas não conseguimos afastar aquele pedacinho de felicidade que surge no sorriso de canto de boca. É John Mayer tocando. E somos nós na plateia, juntos, como alguns acham que deveria ser, e outros simplesmente não acreditam mais.

Poderia ser ficção, mas a música acabou e ninguém gritou “corta”. E entre dramas, romances e um pouco de ação, o que poderia terminar como uma película de horror se tornou apenas o fim de mais um capítulo da nossa série, que só vai ter final definitivo quando um dos roteiristas – eu ou você – deixar essa história acabar.





Eu não poderia deixar Slow Dancing In A Burning Room de fora desse post, mas acho importante destacar que ele foi escrito ao som dessa música delícia aqui, que descobri hoje. Já o título do post é baseado nessa outra música aqui.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A problemática do "ninguém é obrigado"

Esse é só mais um dos problemas que eu tenho com a minha consciência, super inteligente e focada na lógica das coisas. A partir do momento que não tenho compromisso com uma pessoa, essa pessoa não tem obrigação nenhuma de me dar explicações, ou de me chamar para sair, ou fazer questão de me ver no final de semana porque, sabemos, a semana é puxada e o tempo livre é reservado para a cerveja e os amigos. Da mesma forma, não é proibido chamar outras pessoas para sair, jogar charme via Instagram, puxar papo pelo Whatsapp.

Tudo lindo e nos conformes, diz a consciência. Mas é quando os olhos veem algo que não queriam que o bicho pega. Porque, mesmo inconscientemente, você espera a pessoa ligar, você faz planos sozinha para dois. Mesmo sem querer, vai lá, da um jeito de saber o que o mocinho planejou para a tarde de sábado e espera com a maior certeza da vida ser convocada para o jogo. Mas, no dia seguinte, descobre que outra jogadora marcou o gol. Fuéin!

É a vida? Você sempre soube que isso aconteceria? Lógico que sim! Mas tem alguma coisa dentro de você que insiste em se perguntar o por que de todas as coisas, de dramatizar, de perder tempo com essa ladainha que não vai mudar o que passou e não vai te ajudar a seguir em frente. E é aí que você chama o coração de lado e solta um "bitch, please!", esperando que ele se acalme e aprenda a ser mais maleável.

E mesmo cambaleante e incerta, você segue a vida. Sai com os amigos, se diverte, tira boas fotos da noite. Promete que nunca mais vai querer saber da vida alheia, ou dos casos alheios. Que se foda! A partir de agora vai seguir todos os conselhos que vive dando para as amigas. Infelizmente, esse momento de lucidez dura pouco. Logo você está se perguntando como e por quê. Faz parte. No fundo, você sabe que ninguém é obrigado. 

Via We Heart It

terça-feira, 3 de setembro de 2013

TAG - Um Livro

Encontrei essa TAG no Facebook da rede social Skoob e achei perfeito para tirar o pó aqui do blog. Sei que não é nada demais, mas eu estava morrendo de saudades de escrever e sem nenhuma inspiração para textos hahaha
Bom, então vamos lá!

Um livro...

1) Que você nunca leu.
On The Road - Jack Kerouac

2) Não sente vontade de ler.
50 Tons de Cinza - E. L. James

3) Que todo mundo gosta, menos você.
Um Dia - David Nicholls

4) Que ninguém leu, mas você gosta.
Herô - Dave Burgess
Primeiro junkie-book que me lembro de ter lido. Eu lia esse livro de seis em seis meses para não esquecer a história. Há uns dois anos, emprestei e a pessoa nunca mais me devolveu :( 

5) Tem vontade de concluir.
1808 - Laurentino Gomes
Já tentei diversas vezes e nunca consigo. Eu adorava as aulas de história, mas por algum motivo não consegui embarcar na linha ~~engraçadinha~~ desse livro.

6) Tem curiosidade de ler.
Quarto - Emma Donoghue
Comprei há anos e ainda não li, só Deus sabe o por quê. Mentira, é porque eu tenho medo de me decepcionar, por mais ridículo que esse motivo possa parecer.

7) Leria tudo de novo.
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