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terça-feira, 26 de abril de 2011

Reação em cadeia

Abri meu guarda-roupa esses dias e nada parecia eu.

Nos últimos tempos tenho gastado bastante com roupas. Cheguei ao ponto de reconhecer que preciso me controlar e é o que estou fazendo. Acontece que, de tudo o que tenho, nada parece caber.

Quando vou me vestir, eu me perco. As combinações nunca dão certo, só encontro aquelas peças que nunca uso mas tenho pavor de abrir mão, blusas já amareladas pelo tempo e as novas usadas repetidamente quase todos os dias. Até os vestidos que me encantavam tanto, apenas um ou dois de todos aqueles pendurados no armário ainda tem alguma graça.

Entendi o que isso quer dizer: hora de mudança.

Pode ser só no guarda-roupa, pode ser em todo o resto. Eu não sei e acredito que só vou descobrir ao tirar todas aquelas roupas do lugar, prová-las e redescobrir quem sou, separando apenas as que ainda me representam.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

As aulas que não ensinam

São quatro anos, oito semestres, sabe Deus quantos dias, semanas, horas, minutos e segundos dedicados a aprender as técnicas e macetes daquilo que, aos 17 anos, resolvi fazer pelo resto da minha vida - e só de pensar que nada é definitivo dá até aquela preguicinha.

Mas vamos aos fatos: último ano de faculdade.

Cansaço, estresse, desânimo, misturam-se com esperança, alegria de ver a luz no fim do túnel e aqueles cinco minutos de alegria quando você acha a frase certa, que se encaixa perfeitamente no último parágrafo da conclusão de mais um capítulo do TCC.

No meio de tudo isso a gente só quer um professor que acolha, aconselhe, escute e explique, com sinceridade, os rumos que ele acredita serem os melhores para o Trabalho de Confusão Conclusão de Curso.

Não é a intenção questionar os métodos de ensino dos meus professores, até porque, acho certo eles quererem tirar o melhor dos alunos; mas passar trabalhos extras e provas em meio a um turbilhão chamado TCC é um pouco desumano, não acham?

Na próxima terça-feira farei uma prova cujo conteúdo será tirado de três livros, um deles com mais de quatrocentas páginas! Tudo bem que o conteúdo nada mais é do que a matéria aprendida durante os quatro anos de faculdade, mas mesmo assim me parece sobrecarregado.

Não seria melhor ter passado uma prova deste tipo no bimestre passado, quando estávamos nos preparando para o nosso trabalho final?

A sala pensou seriamente em conversar com o professor sobre o cancelamento da avaliação, mas na verdade ninguém tem coragem. Claro que os professores tem que ter controle sobre seus alunos, ou a coisa toda não funciona, mas nesse caso, só nesses dois últimos semestres, eu gostaria de ter mais que um professor apenas.

Precisamos de líderes que ajudem a superar toda a pressão que nos cerca nessa última etapa e que tirem de nós o nosso melhor.

Enquanto isso, a lousa toda escrita parece um borrão, o cansaço nos vence e qualquer piadinha infame parece mais interessante que a Consultoria em Relações Públicas.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Por impulso

Aqui vai um post rápido sobre minha última aquisição e algumas outras considerações.

Foi na estante de "literatura infanto-juvenil" da Saraiva do Super Shopping que eu o encontrei; preto, um recorte vazado na capa em formato de caixão por onde se via Charlotte Usher e detalhes devidamente dispostos em cor de rosa claro, tornando-o gótico e delicado ao mesmo tempo.

É óbvio que eu não lembrei o nome da personagem assim que a vi. Na realidade, pouco me lembrei daquele livro. Dei sorte de ele estar bem ao lado do balcão no qual eu me encontrava tentando, desesperadamente, e sem resultados, encontrar alguma Saraiva nesse Brasil que tivesse o livro Relações Públicas na Comunicação Integrada, de Margarida Kunsch, para vender.

Conformada com a minha derrota e pronta para voltar pra casa de mãos abanando, virei as costas para o vendedor simpático e, mal dei o primeiro passo, aviste-o, com todas essas características citadas romanticamente no parágrafo anterior.

O nome do livro é Ghostgirl e logo que vi a capa lembrei-me de alguma noite fatídica há uns dois anos atrás, quando eu deveria estar estudando, mas estava viajando pelo fantástico mundo do LiveJournal, e me deparei com a propaganda bonitinha, da menina quase morta, que dizia: "... ever feel invisible?"*

Nem na época da descoberta, muito menos agora, escola, meninos e popularidade eram assuntos essenciais na minha vida. Mesmo assim, o visual do site e a própria personagem principal me fizeram salvar o link que algum tempo depois foi completamente esquecido na minha lista de favoritos.

Ghostgirl – deixando claro que esse parágrafo só foi possível graças ao Google - é o nome da trilogia que conta a história de Charlotte Usher, uma garota tão invisível para todos que, se um dia ela morresse, ninguém notaria. Até que ela morre. E, pelo que parece, a história se repete do outro lado.

Vou confessar que me arrependi da compra assim que saí da livraria. E como sou uma pessoa meio bipolar, meio ser-humano-normal-que-vive-mudando-de-ideia, agora considero a opção de ler esse livro com gosto. Porque a capa é linda, o layout das páginas torna a leitura ainda mais agradável - já me aventurei pelo primeiro capítulo - e eu simpatizei com Charlotte já na primeira foto, há anos atrás, no site que ainda é bem bonitinho.

Só espero que ela não seja apenas mais uma pré-adolescente fazendo mil e uma besteiras em busca de realizações fúteis. E espero de coração que o livro traga alguma lição legal.

R.I.P. - Rest In Popularity

*... já se sentiu invisível?

Outras considerações

Em algum dia da semana passada, minha prima marcou para mim meu tão procrastinado corte de cabelo. Como vocês poderiam prever, ou não, odiei. Muito curto, com muito volume e, o pior de tudo, uma franja no estilo M de McDonald's impossível de domar. Não tenho recebido os elogios que, particularmente, eram diários sobre minha juba. Ou seja, se dei mal. Provavelmente farei valer meus direitos e voltarei ao cabeleireiro com a foto da Marjorie Estiano, implorando por um acerto nas madeixas.

Moço, também quero sensualizar!
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