Desde quando minha vida virou cena de cinema?
Talvez desde ontem, quando nossos olhares se cruzaram, meus
passos apertaram e você correu até mim, me puxou pelo braço como se eu já não
estivesse presa a você há muito tempo. Em segundos o chão se abriu, e no
instante seguinte pude perceber que as paredes dos muros que tento construir já
ruíam.
E então pudemos
ouvir: “It’s not a silly little moment, it’s not the storm before the calm”. Não
poderia haver melhor trilha sonora para cair no seu abraço me deixar levar pela
nossa história por alguns minutos.
"My dear,
we’re slow dancing in a burning room". E ninguém tem o direito de
atrapalhar nossa dança. Nenhum olhar feio, nenhuma frase de deboche. Já somos
bem grandinhos para escolher se queremos ou não brincar com fogo e aguentar as
consequências das nossas escolhas. No final, nós sempre acabamos nos
arriscando.
Nosso jazz vira blues, ficamos tristes, mas não conseguimos
afastar aquele pedacinho de felicidade que surge no sorriso de canto de boca. É
John Mayer tocando. E somos nós na plateia, juntos, como alguns acham que deveria
ser, e outros simplesmente não acreditam mais.
Poderia ser ficção, mas a música acabou e ninguém gritou “corta”.
E entre dramas, romances e um pouco de ação, o que poderia terminar como uma película
de horror se tornou apenas o fim de mais um capítulo da nossa série, que só vai
ter final definitivo quando um dos roteiristas – eu ou você – deixar essa
história acabar.
Eu não poderia deixar Slow Dancing In A Burning Room de fora desse post, mas acho importante destacar que ele foi escrito ao som dessa música delícia aqui, que descobri hoje. Já o título do post é baseado nessa outra música aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário