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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Se fosse doença, eu chamaria de bipolaridade

Quero aprender a não querer dar colo, carinho, abraço, apoio. Quero cegar os olhos da alma, que enxergam tão fundo toda a insegurança. Preciso esquecer aquilo tudo tão bom e esquecer aquilo tudo tão mal e tudo o que é difícil de esquecer.

Vou dar tempo ao tempo e o tempo é você. Pra respirar, pra que te ame e me odeie, pra machucar, pra descobrir outros corpos e outros olhos, eu e você.

Vai ter riso, vai ter choro e vai ter fuga. É um milhão de músicas tocando ao mesmo tempo, formando um só som que a gente não sabe o que é. Pode ser que sim, pode ser que não. Vai tocando e a gente vai ouvindo até conseguir escutar de verdade.

Escrever não é opção, meu amor. Bem queria eu deixar o coração quietinho, seu pensamento bem distante do meu, criando histórias e decifrando códigos. Deixa eu aqui falando com paredes que é melhor. Um dia me ouve, um dia lê e ri de mim, assim, com sorriso bonito que tudo fica bem.

Enquanto isso fico alagando o quarto, escondendo bilhetes, criando mágoas e as desfazendo, sorrindo grande, chorando alto, tudo pro meu prazer. E o dia só fica bom lá pelas 9h30 que é quando percebo o tamanho do mundo e o tempo a esperar.

Olha pela janela que tá um lindo dia frio lá fora. Dia desses de abraçar forte, proteger o corpo da chuva, afastar a mágoa e vestir a camiseta preta cheia de bolinhas brancas de tecido só pra tirá-las uma a uma durante o dia. Distração.

Não seja injusto, meu amor. O calor se foi só para você sorrir e não pra me fazer chorar.

Tenha cuidado. Penso com carinho em você. Pense com carinho em mim.- CFA

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