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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Despedida Oficial de 2014

2014 acabou há nove dias e, por descuido meu, acabei não conseguindo fazer o tradicional balanço do ano aqui no blog antes da virada. Por mais que a gente já esteja no final da primeira semana de 2015, cada vez que risco um dia no calendário, me sinto incomodada por não ter fechado o ano que passou com um post. Então vamos lá, com um pouquinho de atraso, às coisas que mais me marcaram em 2014:

  • Começo do ano em Miami

Festas de final de ano nunca foram um destaque para mim. Nessa época, eu geralmente fico aqui em casa com a minha avó e parte da família da minha mãe, enquanto meus pais vão para a praia e meus amigos, em sua maioria, viajam. Dessa vez, passei o 
réveillon com meus tios, alguns amigos, irmão e mãe em Miami. Além de aproveitar o Natal mais mágico do mundo na Disney - isso conta como 2013, mas eu não poderia deixar de destacar -, fiz passeios incríveis, reencontrei a Sofia (que morou comigo em Los Angeles) e curti o melhor e mais quentinho inverno do mundo.


  • Carnaval no Rio de Janeiro

Em fevereiro, encontrei o amor verdadeiro em meio à bagunça do Carnaval da Vila Madalena - ou quase isso. Conheci um Norueguês muito simpático e com ele e alguns amigos fui me aventurar no Carnaval do Rio de Janeiro. Acabei conhecendo lugares que eu jamais imaginei visitar um dia, como a praia de Ipanema, o Maracanã e a Lapa - meu lugar favorito de lá. Apesar da bagunça e sujeira, sim, o Rio de Janeiro continua lindo! Pretendo visitar outras vezes, fora de temporada. E também quero ir à Noruega ver a Aurora Boreal, lógico! haha 

  • Habemus emprego!

Aí está um dos melhores momentos do ano: conseguir um trabalho! Eu estava tão ~~perdidinha na vida~~ depois de tanto tempo só estudando, sem saber o que fazer da minha carreira, que acabei perdida em uma neblina de dúvidas que só começou a se dissipar quando a oportunidade para trabalhar no Saloote surgiu. Basicamente, eu escrevo conteúdo para a internet, mais especificamente sobre música. O trabalho não só me deixou mil vezes mais animada para o futuro, como me deu a oportunidade de viajar de novo, conhecer profissionais maravilhosos e descobrir o que eu sempre soube (parece confuso, mas é isso aí mesmo): EU QUERO TRABALHAR COM MÚSICA!!! 

  • Viagem para Los Angeles e show do John Mayer

Quando fui para Miami a trabalho, pude aproveitar um feriado americano para dar uma esticadinha até Los Angeles. A viagem não poderia ter sido mais especial! Além de encontrar minhas amigas lindas que me hospedaram e me levaram para passear, também consegui ir ao festival MIA - Made In America, no qual pude assistir mais um show do John Mayer - insira milhões de emojis de coração aqui. Ainda encontrei o guitarrista do John, Zane Carney, no meio da galera e troquei algumas palavras com ele. Passei a maior parte do tempo em choque, sem acreditar que eu estava ali, vivendo aquilo, mas deu para aproveitar tudo, inclusive o show maravilhoso-porrada-na-cara do Kanye West, última apresentação da noite.

  • E as bagunças do ano...

Lógico que teve muitos perrengues em 2014. Entre eles, a dengue que pegou minha família quase toda bem de jeito. Eu nunca poderia imaginar como essa doença acaba com a pessoa! As dores, desconfortos e febre foram constantes durante mais de uma semana e eu cheguei a achar que precisaria ficar internada. Agora não posso ver uma picada de mosquito, ou sentir meus olhos ardendo que já entro em pânico achando que a dengue me pegou de novo hehehe

Bom, dramas à parte, 2014 foi um ano de muitas realizações e eu só tenho a agradecer pelas oportunidades, pelos novos amigos que fiz, pelas pessoas que acabaram se afastando, enfim, tudo o que fez parte do meu processo de aprendizado. 

Encerro esse post com a mesma frase com a qual me despeço dos anos desde 2012: 
"Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo; eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre." - Carlos Drummond de Andrade


sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Com limão, açúcar, cachaça e afeto



A vida é feita de ciclos e quando um deles acaba para outro começar é quase sempre barulhento, confuso e doloroso. Dessa vez, o fim ao menos foi rápido. Fiquei sabendo que meu bar favorito fecharia duas ou três semanas antes dele realmente ser fechado e, desde então, um sentimento saudosista tomou conta de mim.

Foi pouco mais de dois anos de atividade, mas o  suficiente para ser palco de alguns dos melhores momentos dos meus vinte e poucos anos. Reencontrei antigos amigos e amores, conheci pessoas especiais demais, fortaleci laços, ouvi e contei histórias. 

Aos poucos, esse bar acabou se tornando o quintal da minha casa e da casa dos meus amigos. Por mais que eu visitasse o lugar de quarta a domingo, jamais me cansei ou me entendiei dele. Para mim, um dos únicos refúgios onde eu podia ouvir boa música - na maioria das vezes -, conversar com as pessoas que gosto e tomar a caipirinha mais deliciosa de maracujá e limão por módicos onze reais. Eu não precisava de mais nada!

Mas, infelizmente ou felizmente, os donos precisaram de mais, de novos horizontes, de outros desafios. E, para isso, tiveram que fechar nosso tão amado Esquenta.

Na sexta-feira passada aconteceu o último evento do bar. Eu não fui porque tive festa da empresa, mas recebi fotos que mostravam quão abarrotado estava o lugar, mesmo em meio à chuva torrencial que caía em Osasco. Todos os frequentadores que puderam foram dar o último adeus, mesmo que breve.

Nada me faz acreditar que esse seja apenas um "até logo", mas como consolo, espero que a vida traga outros bares legais perto de casa, nos quais eu possa sentar numa quarta-feira a noite e reclamar do quão dura a vida tem sido; ou ser servida de uma caipirinha no sábado às 8 da noite, enquanto espero minhas amigas para nossa próxima aventura.

Não posso deixar de agradecer ao Fidel e à Alê por todas as conversas, drinks e o atendimento sempre caprichado. Sentiremos saudades, mas também torcemos para que o futuro seja generoso com vocês dois.

Obrigada!

P.S.: A foto que ilustra esse post é da primeira caipirinha que tomei no Esquenta #sdds

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Stuck in Love: Gostei, mas não sei o por quê


*Esse texto não contém spoilers (eu acho);
*Esse texto não é uma resenha do filme (eu acho);

*No final do texto eu descubro por que gostei do filme (eu acho).

Ontem coloquei o Netflix para funcionar pela primeira vez. Minha lista de "filmes a assistir" é enorme, de forma que, como tudo o que é muito, me confunde. Isso significa que na hora de realmente assistir aos filmes que quero, acabo por esquecer todos eles. É lógico que tenho uma lista com esses filmes anotados, mas é mais lógico ainda que não consigo lembrar onde.

Sendo assim, resolvi tentar a sorte assistindo alguma recomendação do próprio Netflix. Como a vida já anda difícil o bastante, procurei por comédias e acabei escolhendo "Stuck in Love", primeiro porque achei que ele seria um tapa na cara de quem, como eu, tem dificuldade em deixar um antigo relacionamento para trás e, segundo, porque tem um dos atores que fez A Culpa É Das Estrelas (Nat Wolff)  e eu simplesmente ainda não consegui me desapegar de tudo o que envolve esse livro.

Não sou a maior conhecedora de cinema do mundo, então gostaria de esclarecer que pré-julguei a qualidade de Stuck in Love pela quantidade de atores que eu lembrei da cara (e não necessariamente de seus trabalhos anteriores). Sendo assim, eu não estava esperando nada além de pelo menos uma frase de efeito que eu eventualmente postaria no meu mural do Facebook - pausa para vocês me julgarem.

Uma das frases que não postei no Facebook. Nem no Twitter

Sinopse: Três anos depois de seu divórcio, o romancista experiente Bill Borgens (Greg Kinnear) não consegue esquecer o passado e espiona sua ex-mulher, Erica ( Jennifer Connelly), que trocou o marido por outro homem. Mesmo que sua vizinha e amiga colorida, Tricia (Kristen Bell) tente trazê-lo de volta à ativa, ele permanece cego aos encantos de qualquer um. Enquanto isso, sua filha independente Samantha (Lily Collins) está publicando seu primeiro romance e evitando seu primeiro amor com um romântico incurável (Logan Lerman); e seu filho adolescente, Rusty (Nat Wolff) está tentando encontrar sua voz, tanto como escritor de fantasia quanto como inesperado namorado de uma garota ideal que tem problemas perturbadores e reais. Cada uma dessas situações cresce e elas se transformam em um trio de crises românticas, o que leva os Borgens a surpreendentes revelações sobre como finais viram começos.

O que me fez querer escrever sobre esse filme é o fato de eu ter gostado dele, mesmo não achando bom. MAS PERA, COMO? Pois é, eu também não entendi bem. O tapa na cara que eu esperava não veio, muito pelo contrário. O filme acaba dando uma esperança de que, quem sabe, se você esperar, a pessoa que você ama se dê conta de que fez uma má escolha ao te deixar e volte para você - o que é algo péssimo a se falar para alguém que não consegue superar um relacionamento mal sucedido.

Muitas outras coisas deixaram a desejar no filme, principalmente os casais. O Lou é tão gracinha que não faz sentido a Samantha ignorá-lo. E faz menos sentido ainda ela alçá-lo a possível amor da vida dela só porque a música favorita dele é Between The Bars, do Elliot Smith (se alguém tiver uma explicação melhor para a cena do carro, sinta-se a vontade para me contar).

Eu também não consegui acreditar, mocinha!

Porém, o que mais me irritou foi o Rusty se meter em várias confusões por uma fia que não valia a pena. Tudo bem, quem nunca?! Mas ele é tão fofo, lindo, talentoso, inteligente, etc, etc, que merecia alguém melhor (OI, EU AQUI!!!). Na verdade, acho que eu só gostei desse filme porque tinha o Rusty. E o Logan Lerman, que também é uma coisa linda de se assistir. Ok, mistério resolvido. Obrigada a todos que me acompanharam nessa minha reflexão inútil de domingo a noite. Já pode ter um filme só do Rusty? Espero ansiosamente!


Rusty, não me olhe desse jeito que eu me apaixono!!!1!1


terça-feira, 15 de abril de 2014

Los Angeles de Sonhos e Surtos

Uma época difícil prazinimiga

7 de abril de 2013. Era cedo e eu suava frio. Não é todo dia que você pega o primeiro avião da vida para uma viagem de 16 horas, duas escalas e nenhuma companhia. Passar pela imigração, encontrar na esteira e arrastar duas malas pesadas e nada práticas comigo, descobrir que o wi-fi do aeroporto não funcionava no meu celular e que tinha esquecido os papeis da reserva do shuttle que me levaria para casa foi só o - difícil - começo.

Depois dessa semi-aventura inicial, conseguir chegar ao meu destino, poder contar com a boa vontade de um vizinho que solicitamente abriu as portas do condomínio para mim, encontrar sem muitas dificuldades a porta certa naquele complexo de apartamentos enorme... tudo isso foi um grande alivio e uma premissa de que não seria fácil, porém seria divertido!

Como eu sempre tive muitos medos, viajar nunca foi meu objetivo principal. Por esse motivo, eu diria que morar em Los Angeles foi, mais do que um sonho se tornando realidade, uma sucessão de medos vencidos e quebras de barreiras. Minha aventura, com data marcada para terminar em um mês, acabou durando três e isso me deu a oportunidade de, aí sim, realizar um verdadeiro sonho: ir à Warped Tour! Foram quatro datas, muitos shows, lanches de queijo, litros de água e quilos de maquiagem borrada.

Comi nos principais restaurantes e comprei nas lojas mais famosas da cidade, mas também pude ir a lugares menos conhecidos pelos turistas, como o restaurante Saddle Ranch e a loja de discos Headline Records, que acabaram se tornando meus achados favoritos.

Los Angeles é a cidade dos sonhos e a vida nunca foi fácil para os sonhadores. Talvez por isso, alguns perdem o rumo, esquecem as raízes, tornam-se frios e egoístas. Não se engane, a cidade dos anjos não tem nada de angelical. Ela é dura, complicada e intensa, porém apaixonante. E cada rosto, cada história, cada noite é única.  

O que a viagem me ensinou? A sonhar grande, sonhar alto, mas procurar manter os pés no chão. E que dias ruins vão existir sempre, por isso é preciso aprender com os acertos e erros para ser feliz. A vida só vale a pena quando a gente vive de verdade.

*Esse post é para relembrar minha viagem a Los Angeles, que fez um ano semana passada #sddsLA Obviamente, Jared Leto e cia conseguiram traduzir o espírito da cidade muito melhor do que eu no curta abaixo:



quarta-feira, 9 de abril de 2014

Obrigada!

Algumas pessoas fazem uma diferença silenciosa na nossa vida, você já reparou? Eu, particularmente, nunca tinha prestado atenção. Foi em algum momento entre a febre alta - sintoma da dengue - e o like inesperado - porém corriqueiro - na minha foto de doente que eu me dei conta. 

Muitos meses depois do nosso último contato, aquele que curtiu a minha #selfie dengosa demonstrou com um clique que ainda lembra de mim. E não foi a primeira vez. E não é o tipo de pessoa que curte compulsivamente qualquer foto de mulher da timeline. É o tipo de pessoa que lê meus posts, sejam eles políticos, pessoais ou apenas fotos despretensiosas, e curte algumas coisas, quando gosta ou se interessa pelo assunto.

Por que isso teve tanta importância para mim? Porque percebi que não fiz por merecer sua consideração. Muitas vezes me peguei evitando cumprimentá-la. Outras, passava pela sala com pressa e nunca sentava para uma conversa mais extensa.

Eu não fazia essas coisas por maldade, tampouco tinha alguma coisa contra essa pessoa. Porém, minha timidez acabava vencendo. Eu me sentia envergonhada, achava que nunca conseguiria criar um grau de intimidade suficiente para me sentir a vontade em sua presença. Hoje eu vejo que isso era uma grande besteira.

Enquanto eu abaixava a cabeça, cumprimentava em voz baixa e fazia um esforço enorme para não ser notada, aquela pessoa continuava a gostar de mim e me respeitar simplesmente por quem eu sou. Quando me dei conta disso, logo me vieram à cabeça outras pessoas que fizeram uma pequena diferença no meu dia a dia e, até então, eu não tinha notado.

Eu tive muita vontade de escrever um e-mail, uma carta ou mesmo uma mensagem no Facebook para mostrar que me importo e agradecer os anos de dedicação praticamente muda, mas achei que não teria mais sentido agora que estamos tão distantes; agora que há outra pessoa para passar silenciosamente pela sala e participar dos almoços da família.  

A maior lição disso tudo foi ter aprendido a importância de perceber e valorizar as pessoas que gostam de mim, e o que me resta é torcer para que esse texto chegue em quem interessa. Enquanto isso, eu entrego, confio, aceito e agradeço o que vier. Quem vier.


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Resenha - Como Falar Com Um Viúvo

Como Falar Com Um Viúvo, de Jonathan Tropper foi mais um daqueles livros que comprei por causa da capa (e também pelo ótimo preço que paguei, em uma das promoções deliciosas da Saraiva). Ele ficou uns longos meses na minha estante e essa semana resolvi tirá-lo da fila de espera.

Logo me identifiquei com o personagem principal, o viúvo em questão. Doug tem 29 anos, duas irmãs, um pai doente mental, uma mãe ex-quase estrela de Hollywood e um enteado problemático que, desde que perdeu a mãe, tem como passatempo preferido arrumar encrenca. Ele escreve artigos para ganhar a vida e tem conseguido bastante visibilidade desde que começou a falar sobre como se sente após a morte da mulher, Hayley, em um acidente de avião. Nem preciso dizer que minha estrutura familiar e profissional é bem diferente disso tudo. Na verdade, o que fez eu me identificar com Doug é o modo como ele lida com a dor da perda.

Apesar de não fazer meu estilo bancar a vítima, quantas não foram as vezes que me peguei me "torturando com a tarefa de puxar lembranças aleatórias da minha mente como fósforos de uma cartela, riscando um de cada vez e lentamente ateando fogo a mim mesmo"?

E Doug passa quase o livro inteiro se sentindo triste e se culpando por estar triste e ficando triste por se culpar por algo que, aparentemente, está fora do seu alcance. Eu diria para ele ficar sossegado, porque deve ser algo intrínseco ao ser humano essa coisa de se torturar com o passado e só ficar satisfeito quando finalmente as lágrimas escapam dos olhos e fazem seu caminho até o chão. Doug se agarra a um sentimento de incompletude, como se isso fosse o último resquício do que sobrou de Hayley em sua vida.

Tudo passa, mas às vezes a gente não quer que passe e eu já escrevi sobre isso aqui no blog. O personagem principal, assim como muitos de nós, prende-se aos bons momentos, lutando contra aquelas brechas que o fazem enxergar que ainda é possível ser feliz, apesar de tudo. Chega a ser patética sua luta para ignorar o fato de que o resto da vida está bem a sua frente, esperando apenas que ele tome a decisão de vivê-la. "Você quer seguir em frente, mas para isso é preciso deixá-la para trás, e você não quer deixá-la para trás, por isso não segue em frente".

Apesar da atitude muitas vezes autodestrutiva de Doug, o livro passa longe de se limitar a um extenso lamento sobre a dura vida de um viúvo. Outros personagens se destacam e dão um tom divertido à trama. Os últimos capítulos são surpreendentes e o final, apesar de inconclusivo, deixa em aberto diversas possibilidades de imaginar o resto da história, o que eu adorei. 

Cheguei à conclusão de que já me senti um pouco viúva. Mas, como diria Doug, "somos jovens, esbeltos, tristes e bonitos e tudo pode acontecer".



terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

The promised ones

*Esse post é uma resenha do show do Blessthefall, que aconteceu dia 1° de fevereiro, na Clash Club.

Gostaria de começar dizendo que a pessoa tem que amar MUITO uma banda para sair de casa naquele calor infernal do sábado e ver um show que teve, no máximo, uma hora de duração (foi bem menos), num lugar quente e cheio de gente muito, mas muito suada.

Dito isso, vamos ao que interessa: eu não gostei do último álbum lançado pela banda, Hollow Bodies. Para mim, eles soam como todos esses grupos de metalcore que fazem sucesso pela America do Norte e invadiram a Warped Tour nos últimos anos (como The Devil Wears Prada, We Came As Romans e Of Mice & Men, só para citar algumas). As mesmas linhas de guitarra, os mesmos breakdowns, os mesmos gritos dominando todas as canções.

Na minha opinião, o Blessthefall se destacava dessas outras bandas por dois motivos: 1 - a música deles não se resumia a um monte de gritos;  

2 - eles tinham linhas de guitarra diferentes e deliciosas de se ouvir (além dos breakdowns característicos desse gênero musical), daquelas que nem precisam do acompanhamento da voz para se tornarem marcantes.

Por algum motivo que eu desconheço, shows de bandas como o Blessthefall costumam durar muito pouco, normalmente uns 40 minutos. Sabendo disso, cheguei ao local com 0 expectativa, já que eles fariam um setlist baseado no álbum que eu não gostei e tocariam só umas quatro músicas que eu realmente gosto.

E não foi muito diferente do que pensei. Eles começaram enfiando goela abaixo duas músicas do "Hollow Bodies": You wear a crown but you're no king e Exodus. Em seguida, mandaram duas do álbum anterior, "Awakening": The reign e Bottomfeeder. Em um dos pontos altos para mim, tocaram 2.0 e What's left of me, ambas do Witness, primeiro trabalho deles com o Beau no vocal (e meu favorito).

O show seguiu com mais duas novas, Carry on e Hollow bodies, depois um momento nostalgia, quando tocaram Guys like you make us look bad, lembrando o primeiro álbum do grupo (há três anos eles tocam essa mesma música, tá na hora de trocar). O show foi fechado com YoungbloodszZzZz.

Depois de um intervalo rápido, eles voltaram para o Bis e tocaram três músicas que adoro: Awakening, Promised ones e - o ponto alto da apresentação (pelo menos para mim hehe) - Hey baby, here's that song you wanted. Impossível não gritar a plenos pulmões essa música que muito conheço e tanto admiro!

Na verdade, o balanço geral foi até melhor do que eu imaginava: oito músicas dos álbuns anteriores, em um setlist de 13 canções. Além disso, encerraram com uma das minhas favoritas! Talvez eu tivesse aproveitado mais se a casa de shows não parecesse uma filial do inferno fosse um pouquinho mais paciente e tivesse dado uma vigésima segunda chance para o novo cd.

No fundo, acho que eu só queria um show inteirinho baseado no álbum Witness. Poderia ser acústico. Até emprestaria minha casa, minha cama, minha... bom, melhor deixar quieto!

*Gostaria de agradecer ao Gilberto. Se não fosse ele, eu não teria ido ao show e, consequentemente, não poderia gongar uma das minhas bandas favoritas nessa resenha. Obrigada!!!

*Não cheguei a tempo do outro show que rolou no mesmo dia, do The Word Alive, mas já sei que não gosto das músicas deles e os integrantes são todos gatinhos/ comprometidos. #cilada


*Não consegui tirar boas  fotos e só gravei uns dois vídeos bem ruins :(

Foto por Tiago Vendetta

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